Danta’ar estava muito empolgado contando suas recentes descobertas.Technocratas falam demais!

“Aqui está o que sabemos até o momento… Existe este mineral… Starun… Que costumava ser uma fonte de magia de acordo com concos que ouvi. As chances desses contos serem reais são menores que 4% mas desde as primeiras leituras de um tipo de energia da qual não temos nenhum registro concluímos que só poderia ser Starun. E se Starun é real, então magia é real e a chance das lendas serem verdadeiras é em torno de 82%. Então aquele enorme e estranho maquinário que nossos anciões sempre nos disseram para nunca se meter pode ter algum uso afinal das contas. Mas preciso alertá-lo que tentamos e tentamos fazê-lo funcionar. Nós conhecemos cada peça lá dentro e não há nada faltando ou que deve estar com defeito mas simplesmente não liga.”

“Talvez nós saibamos como fazê-lo funcionar” Disse Hertanyth.

Nós andamos por quase uma hora por um caminho estreito que nos levou a uma câmara feita de estruturas metálicas que lembravam um forno gigantesco. Estava tão escuro e frio que pensamos ser necessária a energia disponível de um reino inteiro para acender uma fagulha. Havia um queimador principal com inscrições no topo. Ele levava a uma série de tubos e engrenagens, e na outra ponta uma passagem por onde o que foi produzido na forja poderia ser coletado. De qualquer forma não haviam informações de como energizar a estrutura.

“Vocês podem mexer o quanto quiserem, vou buscar um pouco de Starun e mostrá-los alguma ação!”

Disse Danta’ar, enquanto ele acendia uma série de bulbos que iluminaram a sala o bastante para revelar que a fornalha era bem maior do que pensamos antes. Era composta por uma série de compartimentos interconectados. Haviam saída, tubos de transmissão de calor, câmaras e queimadores de todos os tamanhos, e chaminés que atravessavam o teto. Porém em um dos locais havia uma estrutura similar ao altar que vi na cripta do Albano. Tinha um atril gravado símbolos rúnicos e uma pequena cavidade sob ele. E em frente a isso uma porta de carga para a câmara de combustão primária seis vezes maior que um leão.

Assim que Danta’ar retornou, ele carregava meia duzia de lascas de Starun iguais àquela que Hertanyth havia coletado. Ele colocou os cristais na cavidade sob o atril e assim que fechou a tampa o brilho do Starun tornou-se mais e mais intenso. Enquanto o brilho acendia os símbolos rúnicos Hertanyth e eu fomos atingidos pela onda de energia que expandiu nossos sentidos ainda mais. Imediatamente eu soube o que precisava ser feito.

“Isso sim é novo! Eu já o vi brilhar mas não diparar raios contra pessoas. Vocês estão feridos?” Perguntou ele.

Sem exitação eu saquei a Adaga Cerimonial de Malthus e a passei pelos símbolos súnicos que estavam na minha frente. Assim que a adaga completou o ciclo de desenhos, um lampejo de energia disparou do atril para o chão, desenhou um veio de energia por todo caminho a frente até atingir uma pequena abertura na parte inferior da câmara de combustão e incendeou com a chama mais forte e colorida que já vi. O fluxo de energia entre o atril e a fornalha tornou-se estável e suavemente quente, e poderia atravessar couraça ou metal como se nada pudesse deter seu caminho. Nada que pudéssemos fazer iria pará-lo e a tampa do local onde estavam os cristais foi bloqueada.

Não tínhamos idéia de como parar aquilo, mas estava funcionando. A primeira fornalha. E graças ao contato com a ignição por Starun, Hertanyth e eu passamos a saber como operar a máquina para poder criar o primeiro Cristal Runa.

“Busquem todo o Starun que encontrarem e tragam-no a nós. Há muito a ser feito! Myridian irá ser erguer novamente!” gritou Hertanyth o mais alto que pode.