Após um interrogatório longo por parte do sumo sacerdote, imaginei tê-lo surpreendido com tamanho conhecimento oculto de nossos livros e pergaminhos no Templo Central e mesmo na Grande Biblioteca. Porém seu olhar me deixou confuso.

“Você fala do grande Malthus sem ter o conhecimento necessário meu jovem Nettor. Não apenas um grande Verge, um grande sacerdote e um grande pensador. O conhecimento que fora ocultado por ordem dele teve seu selo quebrado no momento em que a forja começou a funcionar.” – enquanto ele falava eu observava a quantidade enorme de novos livros em sua sala. Títulos que nunca ouvi falar, tamanhos desproporcionais encadernados com couro curtido e rabiscados com runas e símbolos mais antigos que a construção do próprio templo.

“E esses livros estavam trancados no santuário sob o templo?”

“Sim. Mas não podemos compreendê-los totalmente. Dois ou três pergaminhos possuem resumos e pouca coisa sobre esta linguagem está escrita em nosso material. Nem mesmo meus melhores pesquisadores conseguem revelar o que está escrito. Nada além do que está claro para nós: aquilo pertence aos Verge.

Não sabemos ainda qual a extensão dos poderes que esta energia nova pode lhes fornecer, mas se Malthus decidiu ocultar tudo isso como você diz, espero não estarmos trilhando um caminho que até mesmo ele considerou perigoso em sua época.

A necessidade agora é de encontrar mais conhecimento. Busque por estes livros o local onde seu antepassado costumava pesquisar. Quem sabe trilhar o caminho dele consiga nos iluminar mais do que esta nova energia que carrega consigo”