Enquanto nossa caravana cruzava as planícies que dividem Mithaurian e Technokrest, mais de uma vez fomos capazes de avistar cavaleiros à distância. Alguns dos assassinos de Albano separaram-se do grupo para emboscá-los pelos flancos. Não demorou a perdermos o rastro deles.

Ele nunca emitiram o aviso conforme prometeram uma vez que tivessem derrotado seu inimigo. Nosso pequeno grupo remanescente começou a avançar o mais rápido possível para alcançar os portões de Technokrest e buscar abrigo. Não havia construção alguma quando reparamos as duas nuvens de poeira acelerando em nossa direção de ambos os lados. Nossas montarias à toda velocidade não puderam nos levar para longe deles e o grupo inimigo parecia nos sobrepujar em números por muito.

Tive a impressão de que aqueles cavaleiros eram ambos soldado e montaria ao mesmo tempo. Tinham caudas longas, presas gigantescas e sua pele era feita de escamas grossas, assemelhando-se às rochas. Suas patas dianteiras eram fortificadas com garras que poderiam facilmente superar o alcance das lanças do assassinos. Nosso lider de caravana levou nosso grupo para terreno elevado, ordenou que seus assassinos ficassem a volta da carroça e diminuiu a velocidade para assumir uma postura defensiva. Talvez parados eles conseguissem superar aquelas criaturas.

Os inimigos espalharam-se à nossa volta e provaram que não estávamos apenas em menor número mas em uma relação de um soldado para cada dois deles. O general de Mithaurian nos pediu para tomar as montarias mais rápidas e fugir para o oeste. Eles iriam disparar contra eles criando um caminho para nós e então poderíamos atropelar qualquer tropa inimiga que ficasse em nosso caminho. Iríamos chegar ao nosso destino alguns quilometros à frente. Se apenas tivessemos uma chance…

O inimigo tomou a iniciativa e avançou em nossa direção com tamanha velocidade que mal tivemos tempo de reagir antes de estarem a poucos passos de nós. Foi então que um ruído de baixa frequencia veio de cima e tudo que pude ver foi uma horda de criaturas escalando pelo ar como se algo estivesse cobrindo o chão onde estávamos. Fagulhas azuis, rosas e roxas surgiram nos pontos onde as garras deles tocavam. Estávamos cobertos por um escudo de energia.

Poucos segundo depois houve um novo barulho. Algo muito algo. Três drones de colheita equipados com as melhores metralhadoras já feitas abriram fogo contra toudo que se movia. Com a barreira funcionando fomos mantidos à salvo, mas ficamos perplexos ao ver que as balas apenas dispersar nossos opressores. Isso nos deu tempo para reagrupar e seguir em frente, agora acompanhados dos guardas voadores.

Nossa chegada aos portões de Technokrest foi saudada por Dant’ar, um ancião technocrata, reconhecido pelos cidadãos como lider, mesmo não havendo governo no reino. Eles eram governados pela ciência e pela lógica. Pelo menos é o que se sabe que eles alegam. Seu senso de justiça é extremamente apurado e seus habitantes tem a maior moral dentre todas as civilizações de Myridian. A divisão de trabalho entre eles era sempre uma quantidade igual de trabalho diário por pessoa. E não precisava ser muita coisa, uma vez que eles são suportados pela mais alta tecnologia que se conhece. Eles são um povo pacífico. Não há crimes aqui e as armas que vimos na estrada são as primeiras que eles tiveram que desenvolver em séculos.

“Saudações viajantes. Eu sou Danta’ar. Não devemos perder tempo. Vendo dois Verge escoltados por soldados de Mithaurian… então imagino que sejam amigos. Nós também rastreamos toneladas de energia de Statun sendo manipuladas pela sua adaga. Isso tem que ser boa notícia. Você deve estar aqui atrás da forja. Deixe-me levá-los até lá. Vocês podem se apresentar enquanto andamos.”