Antigamente o mais sábio e poderoso Verge, Malthus foi o sumo sacerdote e líder entre os seus por décadas, um posto que resignou pelo bem maior. Sua obsessão pela origem de Myridian o enviou em uma jornada ao isolamento de onde foi forçado a retornar devido aos eventos de seu tempo. Ele passou anos viajando, pesquisando e juntando todo tipo de informação que conseguiu achar sobre O Livro das Eras, Myrandium. Dizia-se ser o livro mais antigo já escrito, em rúnico arcaico, e continha os segredos das origens de Myridian, muito antes dos primeiros Merids dos quais se tem notícia. Ele foi capaz de juntar informação o bastante para ter alguma pista do que fazer para ajudar.

Havia uma magia que poderia ser feita para criar heróis para lutar as batalhas que eles não eram capazes. Não era simples ou fácil e o custo seria algo, mas era o único jeito. A habilidade de criação dos Verge era limitada por aquilo que conseguiam ver. E eles não eram do tipo criativo. Então alguém teria que cuidar desta parte do serviço. Os pintores de Craftsmir foram os escolhidos. Uma alma também seria necessária. Se fosse digna, não apenas seria salva mas também se tornaria um com o fluxo de Starun no planeta. Se não fosse seria destruída e condenada à eternidade vagando como uma sombra.

Eu fui o primeiro voluntário a se tornar o primeiro da minha geração. O rei de Mithaurian naquela época. Eu enfrentaria os desafios. Emmarin, um pintor cego foi trazido à mim. Seus olhos reais foram tomados mas ele conseguia ver a energia com os olhos de sua alma. O primeiro desafio era inspiração. Minha aura precisava inspirá-lo a pintar um retrato de uma versão melhorada de mim. Um leão guerreiro ideal. Sua tinta e sua tela eram encantadas com Starun então nunca perderíam a imagem. O mesmo retrato que vocês usaram para me invocar foi produzido naquele dia. Então Malthus conduziu os procedimentos seguintes…

O segundo desafio foi o do espírito. Uma alma ou mente não conseguiria suportar as transformações no corpo do primeiro. Seria esmagado pela dor, angústica e medo então ela deveria ser removida de seu invólucro. Seria necessário o poder de Sete Verge, cada um em posse de um Cristal runa, pra destacar a alma de um corpo e mantê-la contida durante o ritual. Se formos pensar em bem e mal, da perspectiva do povo da superfície, Starun era a energia boa. Se a natureza da alma aprisionada por ele fosse similar à sua própria energia, eles se mesclariam e se tornariam um. A alma iria inserir sua entrada no fluxo de Starun com todo o conhecimento e força de vontade, junto com o que cada um de mim aprender enquanto sobre a terra como heroi. Com este retrato vocês podem invocar quantos de mim quiserem desde que tenham a quantidade necessária de Starun e força de vontade. Entretanto eu não consigo recordar o tempo que estive dentro da energia do Starun. Como se estivesse dormindo.

O terceiro desafio era o do corpo. Enquanto a alma estava fora, outros sete Verge seriam necessários, cada um portanto um Cristal Runa para transformar o corpo original naquilo que se lia no retrato com todo o poder que eles podiam drenar e entregar. Haviam limites de quanto o corpo podia resistir, não importanto quanto Starun fosse usado nele. Se fosse exigido mais do que ele suporta, iria colapsar. Se não fornecesse o bastante, a energia não utilizada e a radiação poderiam destruí-lo.

Apenas completando esses passos a alma poderia finalmente ser devolvida ao corpo, o que necessita os últimos sete Verge, e mais sete Cristais Runa. Uma vez completo o processo, os vinte e um Verge envolvidos estariam completamente esgotados. Eles precisariam de semanas, talvez meses de repouso antes de executar o ritual novamente. Mas pelo menos um heroi se ergueria. Mais forte e poderoso que qualquer outro. Único de seu tipo. Junto com seu retrato ele se tornaria a fonte. Precisa ser alimentado com Starun para se manter no mundo material. Se por qualquer motivo sua reserva de energia caísse para o mínimo, usaria o restante para se desconstruir e voltar ao fluxo de energia de Starun, de onde poderia ser invocado novamente pelo mesmo ritual que usaram para me trazer aqui.

Malthus era o único Verge forte o bastante para suportar e conduzir cada passo do ritual. Ele era o condutor de toda a energia envolvida, e parece que seu descendente está apto ao papel agora.