Passamos horas, quase dias, imersos em páginas de pergaminhos e livros com símbolos que nenhum de nós já tinha visto. Eu e os outros Verge estávamos focados em tentar retirar qualquer novo conhecimento daquele antigo material. Nossos Heróis partiram para o fronte para ajudar na proteção dos operários que construíam o muro, uma vez que ao sul de Spellenrune as máquinas de Technokrest tinham pouco o que fazer em meios à floresta.

Quanto mais tempo observamos aqueles símbolos para nós abstratos, mais eles nos pareciam incompreensíveis. Um dos Verge sugeriu que passássemos a estudar dentro do Santuário, para tentar buscar pelos segredos dentro da mesma atmosfera que foram escritos. Em conjunto com esta ideia me veio a luz de colocar um de nossos Cristais Runa em um lustre que aparentava servir como candelabro para múltiplas velas.

A luz da energia azul que tocava tudo ao nosso redor passou a potencializar nossos sentidos e uma voz veio em minha cabeça. Carlo possuía a mesma visão que eu e seus pensamentos agora pairavam claros em minha mente.

“Vejo poucas páginas de um mesmo livro espalhadas em várias folhas à sua frente. Me parece que desmontaram o livro e espalharam suas páginas por esses encadernados. Precisamos de mais do que o que está aí.”