Antes da guerra, Myridian costumava ser um planeta fértil, de recursos abundantes. Dois grandes continentes, divididos em sete biomas distintos, não distantes entre si, eram banhados por dois grandes oceanos, Algaro e Nimus, e cortados por diversos rios, sendo Hondur o mais largo deles. Alguns o consideram o terceiro oceano até os dias de hoje. No céu é possível ver um sol e três luas. Eles governam as marés e as estações. Também era uma terra cheia de minerais, tendo Starun como o mais importante deles. Ele é a fonte do Ether, o quinto elemento, que é capaz de gerar magia em todas as suas formas, e nas mãos certas, até produzir matéria.

Os primeiros habitantes da terra eram chamados Merids, um nome que carregam com orgulho. Possuiam uma sociedade baseada em clãs pacífica e organizada, e eram capazes de se proteger de adversidades climáticas com facilidade. Sua capacidade nata de explorador os levou aos extremos do planeta, o que os forçou a constantemente evoluir para se adaptar e isso originou várias outras subespécies das quais falaremos em breve. Mais tarde na história eles desenvolveram o primeiro reino, as primeiras armas e táticas de guerra.

Então habiam os Verge. As mentes mais brilhantes carregadas por corpos muito frágeis. Em sua maioria isolados em cavernas no início dos tempos, eles confiavam sua sobrevivência a abrigo, fogo e vestimenta. Eles tinham a habilidade de retirar a energia do Starun e moldá-la em qualquer coisa que conseguiam pensar, desde que com as ferramentas corretas para a tarefa. Eles deixariam coisas mundanas como buscar recursos, plantar, colher, construir e costurar para os Merids enquanto eles impulsionariam o mundo em uma era de magia. Eles se utilizavam da escrita para registros históricos, desenvolver magias e criar instruções para as gerações que viriam para continuar evoluindo. Eles misturaram Starun com outros materiais com o objetivo de ampliar capacidades e aplicações. Os seus eram organizados em uma sociedade única, liderada pelo ancião mais sábio vivo. Ele se tornaria o sumo sacerdote no templo e seu dever era garantir a segurança dos arquivos e que a magia seria utilizada para o bem. Seus descendentes metiços foram os primeiros artistas, engenheiros, artesãos e ferreiros.

Apesar do Starun poder ser encontrado na superfície, sua concentração de radiação mágica crescia conforme era coletado mais fundo nas profundezas. Esta foi a razão da era das grandes escavações começar. Mas o subterrâneo de Myridian abrigava outra civilização. Os Yrians. Desconhecidos para o povo da superfície, eles ascenderam da primeira grande cratera aberta pelos Merids mineiros. Apesar de serem muito maiores que um Merid mediano, eles eram também muito mais rápidos. Sua pele espessa e rígida, quase como escamas. Ninguém nunca conseguiu argumentar com um Yrian pois eles sempre avançavam com ira e atacavam até matar ou morrer. Até onde sabíamos eles eram apenas bestas incapazes de pensar ou fazer qualquer coisa diferente de matar e destruir.

A partir deste primeiro encontro com uma civilização inimiga veio a necessidade de mudar a maneira como Myridian estava organizada. Cada continente tentou ao máximo se agrupar e se unir, colocando suas melhores habilidades a serviço do planeta. A primeira aliança fez Myridian o que é até os dias de hoje…